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[G1 PE] Gafanhotos invadem condomínio na Zona da Mata de Pernambuco

Gafanhotos invadem condomínio na Zona da Mata de Pernambuco

Bichos foram encontrados no jardim de conjunto, nesta sexta (26), em Carpina. Professor disse que animais são diferentes daqueles da nuvem vista na Argentina.

Por G1 PE

 




Gafanhotos invadem condomínio em Carpina

 

Gafanhotos invadem condomínio em Carpina


Gafanhotos invadiram um condomínio localizado em Carpina, na Zona da Mata Norte de Pernambuco, nesta sexta-feira (26). Os bichos, de acordo com moradores, tomaram conta do jardim e comeram as plantas (veja vídeo acima).

Vídeos enviados para o WhatsApp da TV Globo mostram os gafanhotos no Condomínio Vale dos Tamarindos. O conjunto fica na BR-408, perto do shopping da cidade.

Dona de uma das residências, a empresária Isabel Cristina Fragoso contou que voltou para casa para almoçar e se deparou com os bichos.

“Moro há mais de oito anos aqui. E nunca vi isso. Pesei que eram folhas”, declarou. Isabel disse, ainda, que os animais invadiram o jardim e comeram plantas. “Queria saber o que fazer para evitar que eles comam o resto”, disse.

Gafanhotos apareceram em condomínio da cidade de Carpina, Mata Norte de Pernambuco — Foto: Reprodução/TV Globo

Gafanhotos apareceram em condomínio da cidade de Carpina, Mata Norte de Pernambuco — Foto: Reprodução/TV Globo

Especialista em gafanhotos, o professor aposentado Argus Vasconcelos de Almeida, que atuou no Departamento de Biologia da Universidade Federal Rural de Pernambuco (UFRPE), afirmou que esse tipo de animal não tem relação com a nuvem que apareceu na Argentina, esta semana.

“É uma espécie completamente diferente. Está em período de reprodução”, declarou. Segundo o professor, há diferenças entre os gafanhotos da nuvem e os encontrados em Carpina. “Aqueles gafanhotos da Argentina são migratórios. Esses são solitários”, observou.

Ainda de acordo com o especialista, o gafanhoto encontrado no condomínio pernambucano é “muito comum na nossa região”. “ É o Tropidacris, em suas formas jovens. Eles eclodem normalmente na época das chuvas”, afirmou.

Argus disse também que esse animal não forma nuvem. “Eles são conhecidos por atacar palmácias, coqueiros e outras espécies de palmeiras. Não causam grandes danos, porque são temporários”, acrescentou.

O especialista explicou que os agricultores tradicionais tem uma forma que controle, que é a catação manual.

“Em vez de aplicar pesticidas, eles removiam com um saco, queimavam e colocavam as cinzas ao redor pra eles não voltassem mais. Servia como uma espécie de repelente", observou.


Alerta fitossanitário é emitido para SC e RS por causa de nuvem de gafanhotos

 

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Nuvem

Esta semana, produtores rurais e funcionários do governo da Argentina passaram a monitorar a entrada de uma nuvem de gafanhotos no país. Os insetos vieram do Paraguai e, por lá, destruíram lavouras de milho. Agora, a praga avança na parte do território argentino que faz fronteira com o Brasil e com o Uruguai (veja vídeo acima).

Na quarta-feira (24), a nuvem de gafanhotos estava a 130 km em linha reta do município brasileiro de Barra do Quaraí, no oeste do Rio Grande do Sul, de acordo com o levantamento do governo argentino.

Nesta sexta (26), a nuvem de gafanhotos seguia em território argentino e não havia previsão de que os insetos chegariam ao Brasil, segundo os governos dos dois países.

 

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